terça-feira, 22 de outubro de 2013

Quero ser escritora.

    Desde quando a gente é pequeno, existe aquele momento em que escolhemos nossa profissão do futuro. Eu já quis ser veterinária, pra cuidar dos bichos. Então eu descobri que veterinário só cuida de bicho doente, e que ocasionalmente, quando eles chegassem até mim, o destino era a morte.

    Mudei de ideia. Agora queria ser bióloga. Cuidar dos bichos VIVOS, certo? Errado. Biologia tem química e, dã, biologia. Desde que eu descobri a química e a biologia eu considero os biólogos e os químicos uns deuses inalcançáveis detentores de um conhecimento absoluto.

  Quis fazer nutrição, porque o nome era bonito e eu ia me alimentar bem. Descobri que tinha química. Fodeu. Vide o parágrafo anterior.

    Busquei no Google o que dava pra fazer que não tinha matemática, química, biologia ou física. Encontrei direito. Muito bacana, se eu não tivesse que andar com um livro de mil páginas de palavras complicadas embaixo do braço, e se eu não tivesse que falar para autoridades e defender a vida de alguém. Pressão, a gente não se entende. Tremo só de pensar nessa possibilidade.

   Aí encontrei o jornalismo. Ganha mal, mas eu ia fazer o que eu mais amo: escrever. Ainda ia ganhar uma base ótima de técnica e de escrita, ia fazer contatos, conhecer pessoas e lugares que não conheceria de nenhum outro jeito, enfim, quase perfeito. 

  Não me entendam mal, eu amo minha profissão. Quero construir toda a experiência que der e adquirir todo o conhecimento possível. Sugar todos os ensinamentos dos meus mentores e me tornar enfim uma jornalista pra dizer de boca cheia.

   Mas não é o bastante, e eu sei disso. Eu amo a agitação, a loucura e o deadline. Mas meu corpo vai entrar em um colapso assim que eu tiver um tempo livre. Ainda bem que não tenho. 

  Entre um hambúrguer com batatas fritas (outro motivo pelo qual eu não seria nutricionista, né gente?!) e um namorado do meu lado, eu tive um lampejo (ah, que palavra bonita!): quero ser escritora.

  E não quero escrever auto-ajuda, que de ajuda eu só sei fazer comentário sarcástico. Quero escrever ficção, ou desdobrar essa realidade louca do século XXI. Quero deixar as pessoas boquiabertas enquanto leem meu livro, assim como eu fico com Dan Brown, JK Rowling e outros. 

  Pra melhorar minha vontade, meu texto é elogiado por uma jornalista com anos de prática e vivência. É um sinal?! Eu quero acreditar que sim. Pode ser ingenuidade, mas meu objetivo na vida é esse: viver de escrever livros. Acho que o meu "sucesso" vai ser quando eu puder viver das minhas obras, das minhas inspirações. Do meu tempo.

  Deus queira que isso aconteça. E eu quero fazer acontecer.

  Quero ser escritora.

   

2 comentários:

  1. Bem... Eu falei lá atrás... Lá no texto de "Buenos Aires"...
    Pra mim, Natália, você sempre foi uma "escritorona" mesmo!
    Sou sua super fã!
    Beijos,

    Magda

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  2. Porque querer ser uma coisa que você já é? Parabéns você é uma grande escritora... te admiro muito e cada dia que passa meu orgulho por você aumenta! beijos da sua Fã secreta hahahaha

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