terça-feira, 12 de março de 2013

Estou voltando pra você

Você é um canalha de marca maior. Usa, usa, pisa e depois vem me abraçar cheio de ternura e carinho. Você é o típico cafajeste, e eu sou a sua mulher. Sou eu aqui, mulher de bandido. Eu não me orgulho disso, mas o que me faz amar você é a sua inconstância, acredito.

Passei todo esse tempo em meio a uma guerra com você. Discussões, choros noturnos, você é minha dor de cabeça eterna. Mas, assim como aquela pedrinha no sapato, a gente se acostuma e até gosta.

Pensei em terminar com você milhões de vezes, tenho até um discurso ensaiado no chuveiro. Você não presta! Eu mereço ser feliz! Eu não mereço viver uma vida de stress! Você e sua correria, seus prazos, seu planejamento. Fora, sai da minha vida!

Mas eu repensei nossa relação depois de hoje. Hoje eu acordei leve, e pensei em nós dois. Eu e você, uma parte da vida juntos, após vários ringues de batalha, chegamos a um ponto neutro. É aqui que entra meu amor por você.

Hoje eu fui despertada por meio do som apenas, sem imagem. Fechei meus olhos e te escutei com toda a atenção que faltava, que tinha se esgotado após as feridas. Você veio como uma melodia doce cantar no meu ouvido, e ali eu soube - mais uma vez, eu sei - que é você.

Minha mão é sua, meu coração é seu, minha vida é sua. Eu me entreguei e não ligo nem um pouco para o nosso futuro incerto. Tenho certeza de que virão mais brigas, mais desentendimentos, mais raiva. Mas a gente é assim, não é? Tapas e beijos, ódio e desejo, sonho e loucura.


Hoje eu volto pra você, jornalismo, de braços abertos. O seu rádio me atraiu mais uma vez para a teia da comunicação, e cá estou eu, uma adolescente apaixonada de novo.

Obrigada por me aceitar de volta.

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