segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Hoje é sobre amor

"Apaixonar-se é isso: planejar o dia inteiro o que dizer e não falar nenhuma palavra ensaiada durante o encontro. é decorar uma vida sozinha par ano fim improvisar a dois. Confessa o passado por dias sucessivos (mais do que ofereceu a qualquer pessoa antes), e nunca a conversa é suficiente para se acalmar. Desliga o telefone e já bate a vontade de ligar de novo. Trata-se de um desespero prazeroso, pois tem como partilhar os sintomas com ele. E acontece tão rápido que não dá pra preparar resumo. A felicidade é pura apreensão. Mergulha o corpo em completo desequilíbrio, como se estivesse andando num colchão. Predomina a suspeita de que ele deixará de gostar a qualquer instante, ou que descobrirá quem você realmente é e perderá o encantamento. O torpedo demora, os reencontros demoram: cada ato insignificante do cotidiano ganha o suspense de uma tragédia.

Não existe remédio. A insegurança é eterna. Quem tem certeza não ama mais"

Fabrício Carpinejar


A verdade é que a paixão é uma coisa bem simples de entender. Bate a química, você vê a pessoa com os olhos da mãe dele (ou seja, só vê as qualidades), até o ronco da pessoa é sinfonia. São milhares de risadas e descobrimentos com a pessoa, comidas, músicas cantadas em volume gritante, até que a paixão passa. E aí, José? Como proceder? 

Bom, aí temos dois caminhos: ou esse caso acaba mesmo de vez, ou ele vira uma coisa forte pra caralho que nem furacão Sandy derruba. 

Hora da paixão: Ai, olha que lindo ele dormindo! Tiraria mil fotos dele, ficaria a noite inteira assistindo-o dormir! E esse senso de humor afiadíssimo? Ah, eu morro de rir com ele! Já falei que ele é lindo? E esses carinhos que ele faz? Ah, eu me derreto toda! Que achado! Vou casar com ele! Claro que vou, ele adora sair pra tomar uma cervejinha, e me leva junto! E depois me leva pra casa dele a gente faz amor a noite inteeeeeira! E como ele é bom nisso! Adoro o jeito como ele me domina, não só na cama, mas em tudo! É inspirador, é como a fera e a presa! 

Caso final #1: Puta que pariu, que merda de barulho é esse que ele faz com a boca quando dorme? E essas piadinhas ridículas que só ele entende? Será que dá pra ele parar de bagunçar meu cabelo? Isso não é cafuné! E que cheiro é esse? É bafo de cerveja? Se esse filha da puta quiser alguma proximidade MÍNIMA comigo hoje, eu meto a mão na cara dele. Argh, que nojo. E esse jeito controlador dele? É horrível! Chega! Não aguento mais, que horror. Não consigo nem mais olhar pra cara desse infeliz.

Caso final #2: Alá, mal começou o filme e essa criatura já está dormindo. Bom, tanto faz, eu estou A-DO-RAN-DO esse filme, e depois eu tagarelo pra ele como foi - ou faço ele ver de novo, pra eu ver de novo (óbvio). Amanhã nós vamos sair com os amigos dele, e eu acho muito bom que ele tenha outras pessoas pra conversar assuntos bestas de homem - aqueles com piadas machistas etc. Eu nem ligo, porque a gente ri junto das piadas idiotas (tanto minhas quanto dele) e prova o sabor da intimidade. Adoro! Tem horas que dá vontade de bater, mas eu bato. Ah, ele se mexeu pra me abraçar agora. Será que nunca vou cansar desse toque macio e quente dele? Acredito que não - pelo menos até a próxima TPM. Até quando ele tenta fazer aqueles carinhos meio incômodos pra mim, e eu o corrijo de forma suave, ele então faz do jeito que eu gosto. Ah, isso acontece também de forma contrária, ele sempre me fala do jeito que ele gosta, e eu sempre me corrijo para agradar. São coisas simples que ajudam, acredito. Ontem ele saiu com os amigos pra jogar bola, beber cerveja e ser macho (haha). Voltou com um bafo de cerveja que me deu até tontura. Pedi pra ele escovar o dente, tomar um banho e voltar pra cama comigo. Ele fez uma ceninha daquelas típicas de "você tem que me amar até com bafo de cerveja", olhei pra cara dele e falei que não era obrigada. Depois dei risada, mordi e beijei o pescoço dele e falei pra ele ir logo, que eu estava com saudade. Claro que nem sempre termina assim. Às vezes nenhum dos dois está a fim de fazer nada, e cada um rola pro seu lado da cama na paz, sem stress. Às vezes com stress também, mas porque não?! Ninguém tem vida de comercial de margarina. Mas as coisas boas são em maior número que as ruins, e o amor a gente sente, só de olhar. Ih, o filme acabou. Deixa eu me enrolar nele aqui e dormir quentinha - até que, no começo da noite, eu o empurre cama afora.

Pra mim, é assim.


Um comentário:

  1. Amei... amei.. amei.... como não se ver em um desses casos não é ????
    O da minha vida com certeza é o ultimo..... sempre digo que ja me apaixonei umas 300 vezes pelo meu marido nesses quases 12 anos de convivencia... e pra mim o amor é isso mesmo..... amar, odiar, beijar, brigar, pirraçar, carinhar.... enfim....
    É encontrar no outro o que falta em vc !!!!
    adorei... cada dia te admiro mais....
    adoro ler suas postagem..... beijão... SJBV.

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