quinta-feira, 22 de março de 2012

Aprendendo a jornalistar: "Pouca opção de entretenimento em São Roque faz com que jovens procurem alternativas em Sorocaba"


De acordo com os entrevistados, falta diversidade e
inovação nas noites são-roquenses

Paloma Melo, 19 anos, prefere as baladas de Sorocaba por terem uma estrutura mais elaborada
Paloma Melo, 19 anos, prefere as baladas de
Sorocaba por terem uma estrutura mais elaborada
            “Aqui em São Roque, se não for pelos eventos muitas vezes um tanto que mercenários, não temos outras opções de lazer”. O desabafo é do estudante de Marketing Willian Eduardo, 22 anos. Ele e outros tantos jovens se sentem prejudicados pela falta de opção no que diz respeito a shows e eventos na cidade de São Roque. Atualmente as únicas opções são os chamados “barzinhos” de rock, casas noturnas que só se atém ao sertanejo universitário e à baladas temáticas anuais.
O pedido é de baladas e shows que vão além do rock e do sertanejo. Para Paloma Mello, de 19 anos, a cidade de Sorocaba abriga essas opções, e vale à pena viajar os trinta minutos. Segundo a estudante de Direito, além de outros tipos de música, as casas em Sorocaba também são mais ventiladas, e a entrada quase sempre é mais barata. “Às vezes o preço é o mesmo que em São Roque, mas mesmo assim vale a pena pela qualidade do lugar e pela diversidade do público”. Uma das reclamações também é o fato de sempre se encontrar as mesmas pessoas todos os finais de semana.
Por isso o estudante de engenharia, Henrique Barros, também de 19 anos, busca outros lugares para se divertir, principalmente no carnaval. Para ele, São Roque é “cidade para gente velha”.  Nas palavras de Henrique, “só pelo fato de não dar de frente com aquela pessoa indesejável, ou até conhecer gente nova, gente bonita, ‘carne fresca’, vale a pena ir até outra cidade”.
Já os donos das casas de entretenimento em São Roque, é claro, pensam diferente. Amilton Toledo, sócio fundador da Pizza-Bar “V8”, não concorda com os depoimentos acima, e por telefone declarou que sua programação é variada. “Apresentamos shows com o rock, o samba, a MPB e o reggae, que atraem pessoas mais tranquilas, o que garante um show divertido e sem brigas”. Quanto às novidades que os jovens tanto sentem falta, Amilton revela que não dá para agradar a todos, mas que busca sempre novidades dentro dos estilos musicais apresentados na casa. Willian, o entrevistado do começo da matéria, dá uma sugestão. “Deveriam fazer como a cidade de Votorantim, que todo ano realiza uma festa junina que traz sempre diferentes artistas de diferentes estilos musicais, cobrando um preço simbólico para que todos possam ter acesso à diversão”, diz.

Natália Ponse

Um comentário:

  1. Outra vez, nesse mesmo espaço, me manifestei que a prodigiosa jovem que empunha essa pena era uma escritora nata, muito mais que uma aspirante a jornalista. Não mudei minha opinião, no entanto esse texto me obriga a fazer nova consideração.
    Não obstante a escritora em formação, a futura jornalista evidencia nesse texto enorme competência e vocação para a profissão que escolheu.
    Mais uma vez, deixo registrada minha admiração por seu trabalho.
    Parabéns, Natália! Sua jornada ao encontro do sucesso está apenas começando.

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