terça-feira, 22 de novembro de 2011

1 minuto para pensar

Há três dias eu venho alimentando pensamentos de indecisão quanto a tudo. Quem sou, onde estou e onde quero chegar. Não consegui responder nenhuma das perguntas, e isso vem me consumindo desde então.
Acho curioso como em um momento da vida você sabe exatamente a resposta dessas perguntas, como você se sente seguro com o que quer, o que é e para onde vai, e no minuto seguinte você olha pra baixo e epa! Cadê o chão que estava aqui?
Eu venho flutuando. Minha cabeça vai longe, bem longe de onde era pra estar. É final de semestre, tenho provas, trabalhos e responsabilidades. O trabalho está sendo deixado para trás. Me recuso a achar que é depressão, essa doença não merece ser subjulgada assim, como qualquer momento de tristezas e incertezas.
Essa é a segunda vez, no ano, que isso acontece. A primeira foi no começo, quando eu não sabia se era jornalismo que eu queria mesmo e cogitei mudar de curso (para rádio e tv, vejam só). Passados alguns meses, eu me livrei desse pensamento e entendi que minha vida era isso, era para isso.
Continuei vivendo, até que eu me senti nula. No final de julho eu era uma puta jornalista (a meu ver), e agora eu sou o quê? Não me sinto jornalista, não me sinto profissional. Quero novos rumos.
Meus rumos se tratam de mim, dos meus interesses. Aprender novos idiomas, trabalhar na faculdade (zerando assim minhas “trilhões” de horas de estágio obrigatório pendentes), quem sabe uma Nikon... São planos. Os concretos mesmos são o inglês e o estágio.
Aquela minha promessa de ser uma puta jornalista que esfrega na cara dos “a minha é federal” que eu posso ser foda estudando em uma UNI não sai da cabeça. Quero muito isso ainda, lógico, mas em que área? Com que foco? Ariana por natureza não gosta de deixar as coisas pra depois, não gosta muito de ser surpreendida pela vida nesse aspecto. O plano tem de estar todinha na minha cabeça pra que eu possa tomar decisões pensadas.
Um dos interesses para o ano que vem são as tatuagens, mas falta dinheiro pra isso. Cadê o Bolsa Tatuagem, Dilmão?! Já passou da hora de pensar nos interesses dos jovens. (E isso se chama individualismo).
Eu venho pensando muito no meu futuro, porque eu me olhei e estou prestes a ir pros 19 anos, que vem antes dos 20. E eu jurava pra mim que os 20 estavam muito longe pra eu me preocupar. Toc toc toc, é o 20 querendo falar com você, Natália.
Aflições à parte, eu vou viajar pra praia neste fim de semana. A praia me faz pensar, me faz relaxar. Sim, praia, estou jogando a responsabilidade da recuperação da minha sanidade em você, guenta.
Respira, respira, calma pequena. Tudo vai dar certo. Você não está sozinha.