segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Divagações aleatórias da minha vida que não interessariam a ninguém


Façamos um trato: eu vou dizer aqui tudo o que aconteceu, está acontecendo e tudo o que eu quero que aconteça. Vocês não me julgam tanto, e fim de papo.

Seguimos.

Minha vida passou por um turbilhão durante todo este ano, desde março. O futuro ex, ou FE, tinha mudado para outra cidade e Natália Carente Ponse sentiu a distância. Mas como quem estava descobrindo um mundo novo e conhecendo novas pessoas era ele, pra ele, tudo igual. Natália, você é quem está ficando louca.

Os meses passaram. Julho chegou e meu sentimento por FE já estava ali, junto com os panos de chão no balde. Pensei que, se ele voltasse a agir normalmente durante as férias, eu continuaria tentando. E ele voltou, e eu continuei. Mas bastou ele voltar pra São Paulo de novo e tudo desmoronou.

É como drogas, eu imagino. Você passa um ano provando da droga maravilhosa do amor, da presença, do companheirismo. Aí, do nada, você passa 5 meses sem isso. A abstinência te pega e você fica vendo elefantes cor de rosa com saia tule andando pelo seu teto. Você consegue mais da droga por duas semanas. Ótimo, o elefante volta pra casinha. A droga é tirada a força de novo. O elefante volta mais pesado e, de quebra, sambando no seu peito.

Então o teu trabalho, de repente, começa a te apresentar um mundo maravilhoso. Um mundo de pessoas! Diferentes, estridentes, marcantes. Cada um do seu modo. O show tem que continuar, e foi justamente em um show que a tua vida vai mudar, ah vai, Natália. Mas você ainda não sabia.

Durante esses 6 primeiros meses minha vida profissional também progrediu. Entre em um jornal importante da cidade, depois de dois dias larguei. Crise. É jornalismo? Não é jornalismo? Vou ser uma bosta de profissional?  Mamãe fala "calma, filhote, você sempre amou isso. Se não amar mais, ainda tem tempo".

Realmente, com um mês de curso eu não podia tomar atitudes drásticas.

Comecei um trabalho bom e gratificante, em um site de notícias, novo. Cresci muito com o site, aprendi muito mais do que aprenderia no jornal, a meu ver.

Bom, conheci pessoas maravilhosas na faculdade, que me orgulho muito de carregar no peito e futuramente nas tatuagens. A faculdade, já dizia minha madrinha, te abre o olhar, a cabeça, o mundo. Você se transforma, você amadurece. Isso, simplesmente por entrar e conhecer esse mundo. Então eu entrei, e mudei, e conheci.

Já dizia a frase: "Preocupe-se em verificar se o seu parceiro está preocupado. Quando não estiver mais, vocês correm perigo".

E o NÓS corria, corria muito perigo. E um dos dois não via.

Desde sempre eu fui bem prática com relacionamentos. Se não funciona mais, acabou. Alô? Oi, e então, não tá dando mais certo. Praticidade. Mas este foi o término mais doloroso da minha vida até então. Por "descobertas" da outra parte, e por todo o processo difícil - por telefone.

O fim chegou, eu respirei. Respirei tão fundo que podia ouvir meu pulmão cantar. Cantar uma melodia doce, como se ele dissesse "você voltou, Natália".

De volta, eu recebi todo o tipo de atenção masculina, como de praxe. Muita gente achando que se você vira solteira você quer sair dando, o que não é de todo mentira, mas também não vamos fazer roleta russa e dar pro primeiro que encontrarmos.

Bom, mas uma presença tinha me marcado. Ah, Nando Reis. Você e suas surpresas. Nome de ex, presença de futuro. Ele e o seu all star azul. Não o Nando, ele foi mera peça nesse tabuleiro.

Carro, colchão e cerveja. Eu querendo me jogar em aventuras durante uns 6 meses e antes mesmo da história se resolver esse cara chega e abala as estruturas. Mas não abalou na hora. Quer dizer, abalou, mas o abalo de maior profundidade estava por vir.

Volto pra casa, certa de que a vida é boa. Yeah, it is. Trabalho, great. Vida, great. Até que eu acho o cara no Facebook. Como mulher do século XXI que sou, C-H-E-I-A de atitude, espero um dia, e depois adiciono. Não se entregarás tão fácil, é um dos mandamentos da excelentíssima Madonna. Like a virgin.

Jogo de egos à parte, é muita coisa em comum pra duas pessoas só. Ele vem até mim. Ninguém nunca veio até mim. E vem de super boa vontade, nem pros finalmentes é.

E assim, de mansinho, eu vou sendo tomada. Tomada por inteira, de forma avassaladora. Tudo apaixona, as palavras, o jeito, a voz, o gesto, ah, o olhar.

E de repente, um mês depois, eu sou sua. Sem precedentes, sem porquê. Você me toma de mim mesma e me devolve com um sorriso no rosto de, como a gente costuma dizer, fazer as orelhas irem pra nuca.

Eu quero que a gente dê muito certo. Eu quero muito de você, e quero que você queira muito de mim. Quero te fazer rir, te fazer louco assim como eu.

Eu quero ser uma profissional foda, quero ser referência. Eu quero ser aquela jornalista que fez faculdade particular não tradicional e esfregou isso na cara de todos os "a minha é federal" que se sentem superiores.

Então é isso. Estou tomada por ele e pelo jornalismo. Não sou mais minha, nunca fui, nunca serei.

Estou feliz, Brasil.

Um comentário:

  1. Natália, adorei seus textos. Este, em particular, é meu preferido. "Desde sempre eu fui bem prática com relacionamentos. Se não funciona mais, acabou. Alô? Oi, e então, não tá dando mais certo. Praticidade. Mas este foi o término mais doloroso da minha vida até então. Por "descobertas" da outra parte, e por todo o processo difícil - por telefone." É, parece que as pessoas passam pelas mesmas situações. Um beijo e escreva sempre. Sou sua leitora. (:

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