quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Saída de passageiros à direita, por favor


O trem da mudança chegou. Não é estranho a frequência com que pessoas entram e saem da sua vida, pelos mais diversos motivos?! A maioria deles deixa uma marca, um cheiro, um beijo bom, um beijo péssimo, risadas gostosas, situações e bordões.

Os amores se renovam, as amizades se renovam. O tempo pede, o relógio clama. Aos poucos, o contato se perde. Sobram as fotos na piscina ou em frente à lousa. Peças de roupa, bilhetes no caderno, lágrimas contidas. Ressentimento também acontece, mas logo passa.

Quando acontece uma mudança significante em nossas vidas, as coisas tendem naturalmente a mudar. São lugares e pessoas novos, que vão acrescentar na nossa vida o que os antigos já não acrescentam mais. É triste ter de admitir a perda, seja do que for. Um celular quebrado, uma amizade perdida pelo tempo, um amor.

Quanto ao celular quebrado, eu tenho um sério problema com afeição a objetos. Acho que eles têm "vida", que sentem quando você os abandona. Sou da teoria de que meus bichos de pelúcia conversam uns com os outros enquanto durmo, e que eles não ligam quando eu esqueço os nomes que eu os dei. Sou relutante a doá-los, mas vou fazer isso um dia. Só tem um que eu não posso doar de jeito nenhum, um que acompanhou meus sonhos por toda a minha vida. Dolly, a cachorra. Cheguei a chorar na casa de uma prima porque não tinha a Dolly pra dormir comigo, e meu pai teve que levar a cachorra de pelúcia até a casa da minha prima, pra eu calar a boca e deixar a família dormir.

Minhas amizades se perdem a vida toda, infelizmente. São raras as que ficam, que criam raízes. Mudei de casa (e cidade) cerca de oito vezes desde que nasci. Houve um período em que era uma mudança por ano. Entrava numa escola, fazia amizades, saía. Isso se repetiu muitas vezes, fazendo com que eu me acostumasse com esse tipo de perda. Depois de quase oito anos na mesma cidade, as coisas mudaram novamente. Faculdade em outra cidade, trabalho cansativo (como toda boa jornalistona), e as coisas se perderam. Aos poucos, as amigas fizeram amizade com outras amigas, e já não me chamaram para os programas. Eu via fotos pelo Facebook e pensava: onde foi que eu as perdi.

A minha perda de amor aconteceu nessa mesma época. Conheci pessoas novas, amigos, pretendentes. De repente, estávamos diferentes. Nos perdemos. Cometi erros. Ele cometeu, mas não admite. Acho normal, já que o meu foi escrito pra quem quisesse ler. Acabou. Na separação, as amigas, aquelas do parágrafo anterior, ficaram com ele. Não porque escolheram, mas eu me afastei. Tudo girava em torno dos meus erros, e eu, como errante assumida, não suportei. Abri espaço.

Perdi um estágio maravilhoso pro meu começo, em um jornal importante da cidade. Tudo questão de medo, de pavor, de não se achar merecedora. Alguns meses se passaram, consegui outro estágio (não tão maravilhoso, mas aprendi como nunca). Mas aquela chance perdida sempre me persegue. Onde eu estaria agora, se ainda estivesse lá?!

Tem uma amiga que eu perdi, mas que estou encontrando de novo. Não me lembro ao certo do porque brigamos, provavelmente por conta de desentendimentos de outros. Ela é sincera, e sentimental. Just like me. Vamos sair e conversar, mas só ano que vem. Nesse final de ano, eu estou me redescobrindo. O post de redescobrimento vem logo depois do natal.

Eu reencontrei o amor, mais cedo do que deveria, confesso, mas é o mais avassalador e delicioso que eu já vivi. Eu nunca deixei de acreditar no amor, ele sempre veio pra mim de forma natural e essencial. Sempre que algo acaba, eu sei que algo me espera. E me esperava ali, no Clube de Campo de Sorocaba. Se eu imaginava que fosse tão cedo? Jamais. Achei, no começo, que seria uma transa sem precedentes. Acontece que se tornou digno de um jantar à luz de velas. Um olhar arrebatador que me tirou os pés do chão. Eu reencontrei o amor em sua forma mais pura: aquela em que o sorriso é tão forte que as orelhas param na nuca.

Por mais que as coisas se percam em nossas vidas, sempre haverá algo para compensá-las. Uma amizade legal, um beijo de tirar o fôlego, um sabor novo de sorvete, um emprego que pague o que você merece. Minha vida, e a de milhões de pessoas no mundo todo, é feita de perdas. Mas nunca se esqueçam que com as perdas, vem a chance de melhorar, de recomeçar. E é tão bom recomeçar, assim como o ano que se aproxima. Fazemos mil planos, sem saber se vão se concretizar. Os planos são deliciosos, brilhantes e me fazem suspirar.

Perca, faça planos, receba de volta.

Esse é o meu lema.




terça-feira, 22 de novembro de 2011

1 minuto para pensar

Há três dias eu venho alimentando pensamentos de indecisão quanto a tudo. Quem sou, onde estou e onde quero chegar. Não consegui responder nenhuma das perguntas, e isso vem me consumindo desde então.
Acho curioso como em um momento da vida você sabe exatamente a resposta dessas perguntas, como você se sente seguro com o que quer, o que é e para onde vai, e no minuto seguinte você olha pra baixo e epa! Cadê o chão que estava aqui?
Eu venho flutuando. Minha cabeça vai longe, bem longe de onde era pra estar. É final de semestre, tenho provas, trabalhos e responsabilidades. O trabalho está sendo deixado para trás. Me recuso a achar que é depressão, essa doença não merece ser subjulgada assim, como qualquer momento de tristezas e incertezas.
Essa é a segunda vez, no ano, que isso acontece. A primeira foi no começo, quando eu não sabia se era jornalismo que eu queria mesmo e cogitei mudar de curso (para rádio e tv, vejam só). Passados alguns meses, eu me livrei desse pensamento e entendi que minha vida era isso, era para isso.
Continuei vivendo, até que eu me senti nula. No final de julho eu era uma puta jornalista (a meu ver), e agora eu sou o quê? Não me sinto jornalista, não me sinto profissional. Quero novos rumos.
Meus rumos se tratam de mim, dos meus interesses. Aprender novos idiomas, trabalhar na faculdade (zerando assim minhas “trilhões” de horas de estágio obrigatório pendentes), quem sabe uma Nikon... São planos. Os concretos mesmos são o inglês e o estágio.
Aquela minha promessa de ser uma puta jornalista que esfrega na cara dos “a minha é federal” que eu posso ser foda estudando em uma UNI não sai da cabeça. Quero muito isso ainda, lógico, mas em que área? Com que foco? Ariana por natureza não gosta de deixar as coisas pra depois, não gosta muito de ser surpreendida pela vida nesse aspecto. O plano tem de estar todinha na minha cabeça pra que eu possa tomar decisões pensadas.
Um dos interesses para o ano que vem são as tatuagens, mas falta dinheiro pra isso. Cadê o Bolsa Tatuagem, Dilmão?! Já passou da hora de pensar nos interesses dos jovens. (E isso se chama individualismo).
Eu venho pensando muito no meu futuro, porque eu me olhei e estou prestes a ir pros 19 anos, que vem antes dos 20. E eu jurava pra mim que os 20 estavam muito longe pra eu me preocupar. Toc toc toc, é o 20 querendo falar com você, Natália.
Aflições à parte, eu vou viajar pra praia neste fim de semana. A praia me faz pensar, me faz relaxar. Sim, praia, estou jogando a responsabilidade da recuperação da minha sanidade em você, guenta.
Respira, respira, calma pequena. Tudo vai dar certo. Você não está sozinha.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Divagações aleatórias da minha vida que não interessariam a ninguém


Façamos um trato: eu vou dizer aqui tudo o que aconteceu, está acontecendo e tudo o que eu quero que aconteça. Vocês não me julgam tanto, e fim de papo.

Seguimos.

Minha vida passou por um turbilhão durante todo este ano, desde março. O futuro ex, ou FE, tinha mudado para outra cidade e Natália Carente Ponse sentiu a distância. Mas como quem estava descobrindo um mundo novo e conhecendo novas pessoas era ele, pra ele, tudo igual. Natália, você é quem está ficando louca.

Os meses passaram. Julho chegou e meu sentimento por FE já estava ali, junto com os panos de chão no balde. Pensei que, se ele voltasse a agir normalmente durante as férias, eu continuaria tentando. E ele voltou, e eu continuei. Mas bastou ele voltar pra São Paulo de novo e tudo desmoronou.

É como drogas, eu imagino. Você passa um ano provando da droga maravilhosa do amor, da presença, do companheirismo. Aí, do nada, você passa 5 meses sem isso. A abstinência te pega e você fica vendo elefantes cor de rosa com saia tule andando pelo seu teto. Você consegue mais da droga por duas semanas. Ótimo, o elefante volta pra casinha. A droga é tirada a força de novo. O elefante volta mais pesado e, de quebra, sambando no seu peito.

Então o teu trabalho, de repente, começa a te apresentar um mundo maravilhoso. Um mundo de pessoas! Diferentes, estridentes, marcantes. Cada um do seu modo. O show tem que continuar, e foi justamente em um show que a tua vida vai mudar, ah vai, Natália. Mas você ainda não sabia.

Durante esses 6 primeiros meses minha vida profissional também progrediu. Entre em um jornal importante da cidade, depois de dois dias larguei. Crise. É jornalismo? Não é jornalismo? Vou ser uma bosta de profissional?  Mamãe fala "calma, filhote, você sempre amou isso. Se não amar mais, ainda tem tempo".

Realmente, com um mês de curso eu não podia tomar atitudes drásticas.

Comecei um trabalho bom e gratificante, em um site de notícias, novo. Cresci muito com o site, aprendi muito mais do que aprenderia no jornal, a meu ver.

Bom, conheci pessoas maravilhosas na faculdade, que me orgulho muito de carregar no peito e futuramente nas tatuagens. A faculdade, já dizia minha madrinha, te abre o olhar, a cabeça, o mundo. Você se transforma, você amadurece. Isso, simplesmente por entrar e conhecer esse mundo. Então eu entrei, e mudei, e conheci.

Já dizia a frase: "Preocupe-se em verificar se o seu parceiro está preocupado. Quando não estiver mais, vocês correm perigo".

E o NÓS corria, corria muito perigo. E um dos dois não via.

Desde sempre eu fui bem prática com relacionamentos. Se não funciona mais, acabou. Alô? Oi, e então, não tá dando mais certo. Praticidade. Mas este foi o término mais doloroso da minha vida até então. Por "descobertas" da outra parte, e por todo o processo difícil - por telefone.

O fim chegou, eu respirei. Respirei tão fundo que podia ouvir meu pulmão cantar. Cantar uma melodia doce, como se ele dissesse "você voltou, Natália".

De volta, eu recebi todo o tipo de atenção masculina, como de praxe. Muita gente achando que se você vira solteira você quer sair dando, o que não é de todo mentira, mas também não vamos fazer roleta russa e dar pro primeiro que encontrarmos.

Bom, mas uma presença tinha me marcado. Ah, Nando Reis. Você e suas surpresas. Nome de ex, presença de futuro. Ele e o seu all star azul. Não o Nando, ele foi mera peça nesse tabuleiro.

Carro, colchão e cerveja. Eu querendo me jogar em aventuras durante uns 6 meses e antes mesmo da história se resolver esse cara chega e abala as estruturas. Mas não abalou na hora. Quer dizer, abalou, mas o abalo de maior profundidade estava por vir.

Volto pra casa, certa de que a vida é boa. Yeah, it is. Trabalho, great. Vida, great. Até que eu acho o cara no Facebook. Como mulher do século XXI que sou, C-H-E-I-A de atitude, espero um dia, e depois adiciono. Não se entregarás tão fácil, é um dos mandamentos da excelentíssima Madonna. Like a virgin.

Jogo de egos à parte, é muita coisa em comum pra duas pessoas só. Ele vem até mim. Ninguém nunca veio até mim. E vem de super boa vontade, nem pros finalmentes é.

E assim, de mansinho, eu vou sendo tomada. Tomada por inteira, de forma avassaladora. Tudo apaixona, as palavras, o jeito, a voz, o gesto, ah, o olhar.

E de repente, um mês depois, eu sou sua. Sem precedentes, sem porquê. Você me toma de mim mesma e me devolve com um sorriso no rosto de, como a gente costuma dizer, fazer as orelhas irem pra nuca.

Eu quero que a gente dê muito certo. Eu quero muito de você, e quero que você queira muito de mim. Quero te fazer rir, te fazer louco assim como eu.

Eu quero ser uma profissional foda, quero ser referência. Eu quero ser aquela jornalista que fez faculdade particular não tradicional e esfregou isso na cara de todos os "a minha é federal" que se sentem superiores.

Então é isso. Estou tomada por ele e pelo jornalismo. Não sou mais minha, nunca fui, nunca serei.

Estou feliz, Brasil.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Imagine-me


Coisas dessas noites de final de inverno. Você pensa em como acender aquela chama delicada e perigosamente inflamável que só vocês dois conhecem, só os dois se apagam e se acendem. Você sabe, ele chega cansado da mesmice do escritório, e você não quer ser a escapatória pronta, fácil, rotineira.
O teu banho está pronto, a água morna vai preparar a sua pele assim como aquele creme que ele sempre gostou. Você se massageia suavemente, sentindo cada nota da fragrância suave que exala das suas pernas, braços e pescoço.
Descendo as escadas, a brisa suave e gelada arrepia cada parte do seu corpo nu. Teu cheiro se espalha pelo cômodo transformando aquele ambiente no seu território. Você é a dona daquele espaço. Reconhecido o território, o quarto é o próximo.
Andando devagar pelo quarto, você acende com calma as velas, fazendo as chamas dançarem sensualmente, destilando seu calor ao único corpo presente. Suspiro. Senta-se na cama, escovando os cabelos lentamente.
Ouve a porta da sala abrir. Respira fundo, ele chegou.
Atentamente, cada passo dele é sentido por ela. O barulho das garrafas, o gelo remexido no copo. A escada range. Você guarda a escova na gaveta, e se coloca confortavelmente sentada na cama, de costas para a porta. A respiração dele é ofegante, como se soubesse que algo o esperava atrás da porta do quarto.
As chamas das velas dançam no quarto, fazendo sombras e luzes em torno do seu corpo. Seu pescoço à mostra revela a fonte do perfume feminino que ele adora. Os passos dele se aproximam e você fecha os olhos.
Sente o toque firme dele, suspiro, ele beija teu pescoço e seu mundo podia acabar ali, agora. O que ele quer, é o mesmo que você quer. A sintonia é cristalina, perfeita.
O lençol macio toca tuas costas, chame-o pra você. Beijo devagar, demorado, silencioso. Você morde seu lábio, sentindo os dele percorrerem toda a sua pele, macia. Uma montanha-russa de sensações, suspiros, suor, gemidos. Olho no olho, o ápice chega. Não duvide que os vizinhos escutem, e não ligue. Que o mundo todo saiba o quanto suas pernas tremem, o quanto seu coração tenta retomar o ritmo normal.
Sinta o calor do peito dele no seu rosto, enquanto o sono vem. Agora sim, o mundo pode acabar.

Este conto é uma versão feminina de Imagine, escrito por Luís França no blog   
http://odivagardeumlouco.wordpress.com

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O quase-certo, o quase-duvidoso e o muito selvagem

Algumas mulheres, numa passagem da vida, tem o privilégio de ter três tipos de homem a seus pés. Digo numa passagem da vida porque não é sempre assim, esses tipos aparecem quando a mulher precisa tomar uma decisão, quase sempre difícil.

O quase-certo normalmente é o atual. Carinhoso, romântico e todo aquele discurso feminino-carente que conhecemos. Esse seria o certo. O quase é porque, pra surgir os outros dois, algo deve estar errado. Não só com o quase, mas com a relação em si. Pequenos erros, grandes catástrofes. O quase-certo era certo até que já não era mais. Abrem-se brechas.

O confortável, o quase-duvidoso, vem pra te dar esperança. É aquele raio de sol que sai das nuvens cinzas que te mostram que ainda tem um céu azul e limpo por ali, apenas aguarde embaixo do cobertor. Promessas de um futuro bom, na cama e na mesa, é o respirar ar puro. Mas ainda é desconhecido.

O selvagem é o meu preferido. Ele alivia. Sujo e descaradamente delicioso. Te envolve num quê de clandestinidade das emoções, como se você fosse criminosa, mas adorando a vida bandida. Suor, dirty talk e malícia. Tudo num rosto encantador, mas que você sabe que não merece confiança além da cama.

Vide o desespero, a angústia.

Mulheres nunca estão satisfeitas, é o ditado. Mas não é por isso que precisamos de mil homens. Precisamos desses três, apenas. Não precisa ser tudo de uma vez, pode ser em temporadas.

É pedir demais? Sim. Mas mulher é bicho selvagem. Gosta de andar pela mata, sentir sabores e aromas diferentes, folhagens e arvoredos.

E se ela tiver um sabor incomparável na toca? Um sabor que a faça querer abdicar de todos os novos e não descobertos sabores da mata? Algo com que, mesmo que ela sinta aromas, é ele quem vai perpetuar, como um vício, droga ou sexo.

Falando em sexo, mulheres amam sexo.
Invistam em línguas, toques e movimentos.
Línguas aceleram mais que pênis.
Pênis sozinho não trabalha.

Velas acesas no chão, amor verdadeiro  -porém escasso- ou orgasmos múltiplos.
Qual você escolheria para o seu momento?


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A história mais bonita do país


Cachorra morre e menina de quatro anos escreve para Deus 



Não se sabe quem respondeu, mas existe uma belíssima alma trabalhando no arquivo morto dos correios americanos.Tenho certeza de que não foi dos correios daqui de Crossville.
Abbey, nossa cadelinha de 14 anos morreu no mês passado. No dia seguinte a seu falecimento, minha filha de 4 anos, Meredith, chorava e comentava sobre a saudade que sentia de Abbey. Ela perguntou se poderia escrever uma carta para Deus para que, assim que Abbey chegasse ao céu, Deus a reconhecesse. Eu concordei, e ela ditou as seguintes palavras:



Querido Deus.
O Senhor poderia tomar conta da minha cadela? Ela morreu ontem e está ai no céu com o Senhor. Estou com muitas saudades dela. Fico feliz porque o Senhor deixou ela comigo mesmo que ela tenha ficado doente. Espero que o Senhor brinque com ela.Ela gosta de nadar e de jogar bola. Estou mandando uma foto dela para que assim que a veja, o Senhor saberá logo que é a minha cadela. Eu sinto muita saudade dela.
Meredith


Pusemos num envelope a carta com uma foto de Abbey com Meredith e a endereçamos: Deus - Endereço: Céu. Também pusemos nosso endereço como remetente. Então Meredith colou um monte de selos na frente do envelope, pois ela disse que precisaria de muitos selos para a carta chegar até o céu. Naquela tarde ela colocou a carta numa caixa do correio. Dias depois ela perguntou se Deus já tinha recebido a carta. Respondi que achava que sim.
Ontem havia um pacote embalado num papel dourado na varanda de nossa casa, endereçado a Meredith numa caligrafia desconhecida. Dentro havia um livro escrito por Mr. Rogers, intitulado "Quando um animal de estimação morre". Colada na capa interna do livro estava a carta de Meredith. Na outra página, estava a foto das duas com o seguinte bilhete:


Querida Meredith,
A Abbey chegou bem ao céu. A foto ajudou muito e eu a reconheci imediatamente.
Abbey não está mais doente. O espírito dela está aqui comigo assim como está no seu coração. Ela adorou ter sido seu animal de estimação. Como não precisamos de nossos corpos no céu, não tenho bolso para guardar a sua foto. Assim, a estou devolvendo dentro do livro para você guardar como uma lembrança da Abbey. Obrigado por sua linda carta e agradeça a sua mãe por tê-la ajudado a escrevê-la e a enviá-la pra mim. Que mãe maravilhosa você tem!! Eu a escolhi especialmente pra você. Eu envio minhas bençãos todos os dias e lembro que amo muito vocês. A propósito, sou fácil de encontrar: estou em todos os lugares onde exista amor.
Com amor
Deus
Retirado do Amigos dos Animais de Tatuí 



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Essa vida, viu Zé

"Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa!" - Garoto Invisível

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A falha de Myrian Rios

Então, a moda agora é atacar ou acatar o homossexualismo no Brasil. A convidada da semana desta vez foi a Deputada do PDT Myrian Rios.



Bombadíssimo e comentado, o discurso da deputada revela um argumento QUASE válido. Digo quase, porque até 05:15 do vídeo ela revela argumentos plausíveis.

Veja bem, a PEC 23/2007 visa "acrescentar a orientação sexual no rol das vedações à discriminação da Constituição do estado do Rio de Janeiro". Nela já existem a de cor, raça, crença, entre outras. A entrada da orientação sexual neste grupo não é mais que obrigação do Estado, já que estamos tratando de PESSOAS que sofrem preconceito, são agredidas e mortas todos os anos simplesmente por ser diferente.

Nas palavras da deputada, "Se essa PEC passa, e um rapaz de orientação sexual pedófila, e a orientação sexual do rapaz é transar com um menino de 3 a 4 anos nós não vamos poder fazer nada porque ele está protegido pela lei, pela PEC 23, e isso eu não vou permitir"


A família é dela e é ela quem decide quem ela coloca dentro de casa sejam os motivos quais forem. Agora, quando ela coloca na jogada que se a PEC 23/2007 for aprovada irá ser aberta uma porta pra PEDOFILIA, ela joga todo o seu discurso no lixo.

Pedofilia pode ser definida como:

- Desejo sexual por crianças pré-pubescentes ou ao redor da puberdade.
- Interesse sexual primariamente ou exclusivamente por crianças.
- Tal desejo sexual é duradouro.

Todos têm o direito de seguir seus princípios sejam eles quais forem. O problema da humanidade é querer ser 8 ou 80. Ou gosta, venera, admira ou odeia. Os homossexuais não pedem adoração e estátuas em praça pública. Eles visam RESPEITO, nada mais. Apenas poder ter uma vida normal, ir à balada, ao mercado, passear na praça sem ser apedrejado ou recebido à pauladas.

"Eu vou votar contra a PEC 23 primeiro por cidadã, eu estou defendendo as crianças e os jovens de uma porta pra pedofilia(...)". A senhora está criando um círculo de preconceito e repugnância maior ainda em volta deste assunto. E o fato de citar Gênesis como argumento é ridículo, pois a deputada defende o povo e este não é formado 100% por católicos.

Aliás, cristãos, por favor parem de usar a bíblia e suas palavras de crença sobre esse assunto. Não estamos na sua igreja, estamos na República Federativa do Brasil, e aqui falamos sobre a vida e não sobre o que vem após seu término.

Grata.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sobre a mágica do make up

Como é de praxe - e típico da minha pessoa - o post sobre maquiagem está saindo com 2 dias de atraso. Desculpas pedidas e aceitas, oremos.

Posso dizer com segurança que 98% das mulheres que já usaram maquiagem na vida nunca mais deixaram de usar. Nem que seja um pó, uma base, um blush ou um rímelzinho que seja. Maquiagem muda vidas, e o mais engraçado: engana os homens.

Tempos atrás vi um vídeo sobre uma menina LINDA, falando sobre maquiagem. Pensei "vambora, dica a mais é sempre bom". A menina é essa.



O vídeo é em inglês e a menina falava que tinha um problema com acne e a população pensa "quem essa vaca pensa que é pra chamar 2 espinhas na testa de problema com acne?" mas EIS QUE SURGE o susto nacional (e esperança feminina)


WTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWTFWT

Pois é, galerinha. Eu não acreditava no que eu via. Conforme você vai vendo o vídeo você percebe a merda que é a vida dessa menina, porque na escola/faculdade/trabalho ela é a gatinha maneirinha, desejadona. Mas, quando chega em casa e tira os 3kg de reboco, ela se vê como realmente é.

Agora rapazes, imaginem o SUSTO... Vocês conhecem essa linda na nights, xaveca ela a noite toda, fica com ela, e ela aceita ir pra casa com você (milagrosamente, porque você é fêo). Vocês estão lá, no canguru perneta, a temperatura sobe e a PELE DELA COMEÇA A DERRETER. Sustô?

Mas vocês HÃO de concordar que, se ela não passasse esses 3kg de reboco no rosto, a vida social dela seria ruim. Não digo "a vida social dela teria acabado" porque também não é assim, mas que é ruim, é. Só quem tem acne, sabe do que estamos falando. Eu tive muita, há um tempo, mas depois de umas pomadinhas bacanas que minha mãe me emprestou eu estou seguindo o rumo da pele bumbum de neném.

O vídeo é esse, vejam e comprovem a mudança. Mas percebam também o incômodo que ela sente ao revelar esse segredo ao mundo (à partir do 1:10).



Pronto rapazes? Viram como a sua seletiva na balada vai ficar mais... humana? Ou não né. Homem quer mais é ***catar as mina*** e o mundo que se acabe.

PS.: Olha, esse é o meu segredo. Vocês deram sorte, eu lutei lutei e achei um ângulo meu bacana sem maquiagem - nada de testa brilhando ou coisa parecida, não sou tão corajosa como essa aí - portanto não se assustem. Bom, sei lá.


Segundo meu namorado, eu fico com cara de sono. Concordo, parece que eu acordei agora.

Thats that.

domingo, 24 de abril de 2011

Sobre jovens idosas

Depois de muitas palavras de amor recebidas por esse humilde blog, hoje o assunto é ser velha.

Não velha cronologicamente, mas velha interiormente. Você, que ama ficar em casa e não consegue se adequar às PARTY PARTY PARTY da vida, seja bem vinda.

Eu aprendi a aceitar isso. Em que mundo eu PRECISO ser baladeira pra ser jovem e aproveitar minha vida? Tô aproveitando minha vida muito bem aqui do meu sofá, obrigada.


E acho engraçado como essa geração saúde nos olha como se fôssemos demônios saídos do inferno do sedentarismo. Com seus discursos alfacísticos e suas barrinhas de cereais. BARRINHA DE CEREAL NÃO É ALIMENTO, MEU DEUS.


Acostumados com nossa vidinha mais ou menos, a gente leva a vida com prazer e contentamento. Sem neuras, pressa ou preocupação. Alguns quilos à mais, confesso. Mas ainda assim, felizes.


Falei.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sobre antipatia sem motivo

Durante toda a minha vida eu convivi com os mais diferentes tipos de pessoas e logo digo, se não vou com a cara do fulano de primeira é muito provável que eu não vá ser amiguinha dele tão cedo. ou nunca.


Acho isso um tanto imbecil, partindo do fato de que eu tenho cara de metida e as pessoas só começam a gostar de mim depois de umas 3 semanas convivendo diariamente (que é quando descobrem que eu sou mais maloqueira que a Juju Panicat). Mas sério, todo mundo tem aquela pessoa que não desce de jeito NENHUM. Pior que cápsula de ômega 3 eu tomo toda manhã e te deixa arrotando peixe durante uma hora.

Tudo o que você vai ler sobre isso é "espere um pouco mais e descubra a pessoa MA-RA-VI-LHO-SA que você está perdendo". Mas eu digo confie em seus instintos. Nada do que você sente é por acaso. Medo, angústia, tesão, tudo tem um fundamento. Pode ser o seu sexto sentido ou sétimo, oitavo.


Falei.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Sobre timidez

Todas as pessoas tímidas sentem uma pontinha de inveja de quem não é, porque a vida é mais fácil pra quem é desinibido. Mas eu estive pensando essa semana, porque querer mudar o que você é, sendo que isso não é lá um fator que te prejudique tanto?

Eu, por exemplo. Sou completamente inibida com quem eu não conheço, aí eu parei pra pensar esse semestre que, oi, eu não sei ser repórter. Ou melhor, eu sei, mas eu O-D-E-I-O.

Partiremos do princípio de que eu odeio aparecer. SÉRIO. Da maneira que for. Acho que ser anônimo é incrível, porque você pode sair de casa com aquela cara de couve que ninguém vai publicar na CARAS com o título "FULANA SAI À VONTADE PELO CALÇADÃO E ESQUECE DO ROSTO EM CASA".

Ao contrário do que uma pessoa Cibele Freitas, da Rede Amigos da Cultura me disse (segundo ela, "todo mundo gosta de aparecer) a maioria da população gosta de aparecer. Sim, a maioria gostaria de ser FAMOSA, mas só os tímidos sabem que 99% dessa galera não aguentaria o reggae da perda de privacidade. Nós, tímidos, amamos privacidade. Ficar em casa sozinhos só fazendo o que a gente gosta, nem que seja assistir televisão.

Aí eu me desesperei. Já achei que tinha que ser revendedora avon, mas aí eu lembrei que nem pra isso eu servia, porque não queria falar com os outros. Pensei "vou ser secretária né, ficar lá sentadinha só atendendo os telefones e sendo bonita e gentil". E aí eu pensei de novo "maspoxavida, tanta gente aparece naquela PARDETRÁS do Jornal Nacional e nem por isso eles aparecem. Pesquisemos".

Pesquisei merda. Achei alguma coisa sobre edição e produção, mas não vi isso relacionado ao jornalismo. Como boa tímida, tive que apelar pro professor. Professor Raul, vulgo um-dos-professores-mais-foda-do-semestre, me mostrou a luz. Falou "vencá gatinha, que tudo tem salvação". Ele também odeia aparecer, e me mostrou o caminho da felicidade, que não é aqueles pelinhos na barriga não, meu bem. Dá pra ser produtora, editora ou pauteira. Não sei se ele só lembrou disso ou se é só isso. De qualquer jeito, gostei dos três. Pesquisarei mais e trarei aqui o que é cada um.

JORNALISTAS TÍMIDOS, UNI-VOS.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Filosofei - Sobre passar dos próprios limites

Em primeiro lugar eu peço desculpas pelo caminho pessoal que o blog levou. Não era essa a intenção mas admito, pode acontecer de novo. Toda a minha vida eu fui impulsiva, e não é hoje que eu deixarei de ser. Posso tentar controlar (eu disse tentar) mas parar, eu não consigo.

Sobre impulsividade, eu aprendi uma coisa: conviver pacificamente com essa característica é o melhor caminho. Nada de lutar contra isso, mas sim aceitar. Não é fácil pra mim, nunca foi e nunca será. Mas estamos trabalhando nisso.

Hoje, quinta feira (24), eu tive um momento. Um momento de descontrole, daqueles que você não conta pra ninguém. É vergonhoso, eu diria, mas me fez ver a situação de um outro modo. Esse descontrole é o que eu chamo de "intuição que eu não senti", porque eu já me sentia assim faz tempo e não dei bola (não o suficiente). Não suporto fazer uma coisa que eu não gosto, que eu não me sinto à vontade. E é sobre isso que eu vou falar hoje.

Cada pessoa tem um limite, um ponto final. Quando ele chega não adianta querer ultrapassá-lo, não se ultrapassa um ponto final. A gente pula pra próxima linha e continua, e é isso que eu vou fazer. Não quero trabalhar em um lugar onde eu não me sinta bem, onde exijam de mim mais do que eu posso fazer.

Não que eu tenha desistido da ideia, muito pelo contrário. Em um futuro próximo, isso seria ótimo. Mas convenhamos, onde eu estava com a cabeça quando aceitei fazer estágio sem cabeça nenhuma pra isso, sem experiência? É aquela história de ter o olho maior que a barriga, meu ego, no caso, foi muito maior que a minha experiência, muito maior. E é preciso ter maturidade sufuciente pra assumir o erro, e eu estou aqui pedindo desculpas pro meu ego para que ele não se chateie. Pode voltar outra hora, por mim tudo bem. Só não me atropele de novo, não é coisa que se faça.

Este post se tornou pessoal de novo, mas está menos pessoal que o anterior. Aos poucos vou me contendo. Sorry for that.


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domingo, 20 de março de 2011

Filosofei - Poema de Fernando Pessoa

Apontamento, Álvaro de Campos

“A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.

Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.

Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.

Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?

Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmo, não conscientes deles.
Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.

Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.
(“Apontamento”; 1929)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Procura-se amigos

Este post é um desabafo. Se quiser, desconsidere-o. E não venha falar comigo sobre o mesmo, é desnecessário.


Grande parte da minha vida eu fui cercada de amigos. Fazia amiguinhos na praia, na casa da amiga da mãe, no shopping. Hoje eu me vejo assim, vazia. Depois de semanas de reflexão eu cheguei a um consenso: estou deslocada. O que em parte eu acho normal, por estar entrando num novo mundo onde novas pessoas surgiram e todas as que fazem parte do meu passado deram uma apagadinha. Nem todas que fazem parte do meu passado se apagaram, mas grande parte sim. Acho normal, acho necessário, acho chato. É super divertido ir pra faculdade e conviver com o pessoal de lá. Não digo que ninguém fala comigo, falam sim. A gente ri e tudo, mas eu sinto falta de AMIGOS. Daquela galera que se reúne pra beber na praça e isso se torna um puta programa divertido. Por isso eu quero mudar pra Sorocaba, onde o pessoal da faculdade mora. Quero me aproximar, quero me sentir parte do todo. Mas não quero que seja forçado, se não me aguentam, então me deixem pra lá que eu me viro. Isso de "vamos enturmar aquela ali porque ela tá deslocada" não rola. Pode deixar que eu me viro. Aliás, se o Jornal da Economia me pegar pra cristo para estágio é provável que eu me ache lá espero. Então é isso. Eu tive de escrever pra ter certeza do que eu estou sentindo. E por favor, POR FAVOR, não venham falar "noooooossa naty, como assim a gente gosta de você e blábláblá". Esse post nunca existiu. Não precisa ser comentado, só lido. E olhe lá.



E digam olá para meus amigos no momento.


The Fray é uma banda que eu venero, sério. Esse cara canta com um sentimento tão verdadeiro que eu canto gritando. Coisa que não deve ser muito agradável.








Esse todo mundo conhece, o melhor amigo da solidão: o combo pizza + coca/vinho.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Estamos sendo enganados

Sabemos que as empresas usam de artifícios para as vendas (muitos deles enganadores), isso é fato. Mas isso chegou a um ponto absurdo. Prometem o que não é real, e nós consumidores ficamos assim, com cara de panacas enquando enchemos nosso carrinho. 

Um episódio que me chamou MUITO a atenção foi o do achocolatado Alpino. Tamanha desconsideração com o consumidor é vergonhosa, ou será que a diretoria de marketing da Nestlé achou que os consumidores não iam notar? OI? CRIANÇAS notaram que havia algo errado! 


Tamanha cara-de-pau é absurda. Eu mesma, quando li essa frase (e re-li muitas e muitas vezes) tive um ataque de riso, de tão absurdo. Pra quê, então, usar o nome "Alpino" se não tem chocolate Alpino na composição? É a mesma coisa que você comprar a caixinha de suco de laranja e, na lateral, vier escrito "Este produto não contém suco de laranja". ABSURDO.

A Nestlé se reportou quanto ao fato, e assegurou que "ao contrário do que as acusações dão a entender, o produto contém sim 'a mesma massa' do bombom Alpino em sua composição". Segundo a companhia, o que acontece é que, por conta do estado físico dos dois produtos - o bombom (sólido) e a bebida láctea (líquido) - não era possível produzir a bebida somente com o chocolate derretido. Sendo assim, a Nestlé alega ter desenvolvido, com base em pesquisas, ingredientes que tenham sabor e aroma similares ao do Alpino. E diz ainda que, na composição final do produto, teria usado uma mistura dessas substâncias com o chocolate original.

O comunicado da Nestlé informa que a frase, por gerar mal entendidos, foi retirada da embalagem.

Comunicado Oficial do Fabricante

"Nestlé esclarece
Em respeito aos seus consumidores, clientes, parceiros e ao público em geral, a Nestlé Brasil Ltda. vem esclarecer o seguinte em relação à matéria publicada nesta quarta-feira, 12/05, no jornal Folha de S.Paulo:

- O Alpino Fast tem, sim, em sua composição, além de outros ingredientes, a mesma massa do Chocolate Alpino. O sabor do Chocolate Alpino no produto Alpino Fast foi reconhecido por 92% dos consumidores entrevistados pelo Instituto Ipsos, antes do lançamento do produto;

- A Nestlé, visando evitar que os consumidores pudessem vir a acreditar que encontrariam o mesmo Chocolate Alpino derretido, ou pedaços do Chocolate Alpino no produto, decidiu incluir as frases "este produto não contém Chocolate Alpino" e "imagem meramente ilustrativa para referência de sabor", que estão gerando controvérsia, mais que esclarecimento. Não há dúvida de que houve excesso de zelo por parte da Nestlé. O objetivo das mensagens foi o de garantir a transparência da comunicação com o consumidor;

- Tendo em vista que as frases, em vez de esclarecer, acabaram gerando dúvidas, a Nestlé decidiu retirá-las da embalagem. 

Portanto, a Nestlé, com 90 anos de Brasil, em nenhum momento lesou seus consumidores ou descumpriu quaisquer dispositivos legais vigentes, em especial o Código de Defesa do Consumidor, uma vez que a identificação do produto Alpino Fast com a sua marca está perfeitamente adequada sob o ponto de vista técnico e sensorial."



Muitas outras marcas também pecaram quanto à informação sobre o produto. Inclusive em minha casa eu encontrei um exemplo: uma mangueira que na mesma encontrava-se escrito "Sistema Não Torção" e, logo ao 
lado, UMA TORÇÃO.




Acredito que as empresas deveriam prestar muito mais atenção nos detalhes. Porque existem dez consumidores atentos aos detalhes que alertam os outros bilhões que não são tão atentos assim, e isso pode  se transformar facilmente no maior pesadelo de uma marca. Ainda mais com a internet proporcionando informações na velocidade da luz, essas informações podem fazer essas empresas a cair em suas próprias armadilhas ou, como neste caso em minha casa, enforcar-se com seu próprio produto.

Entre aspas

"O estupro é um dos piores crimes que existem. O problema com grupos de pessoas que compactuam com o estupro é que eles tentam educar as mulheres a se defender do estupro, quando o que precisava ser feito era ensinar o homem a não estuprar. Deve-se ir à origem da questão e começar de lá."

Kurt Cobain

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A virada

Muito do que eu aprendi eu uso no meu dia a dia, e se tem uma coisa que eu sei fazer bem é observar. Já ouvi muita gente dizendo que só se dá bem quem sabe falar bem pra públicos e tal. Desculpa muita gente, mas pra mim observar é muito melhor. Observando você aprende a enxergar o que há por trás do pano, o que se esconde por baixo daquele quilo de pele. Esse blog vai ser sobre minhas observações do cotidiano, sejam de notícias mundiais, nacionais, regionais ou coisas de todo dia. Então abra bem os olhos e se concentre, a observação vai começar.



Isso foi um teste. É provável que esse blog nem seja tão bom assim.